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No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas no Sul e no Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. Esta é uma das conclusões do Relatório Anual 2023 Dados e Números sobre Câncer de Mama, do Instituto Nacional do Câncer.


O relatório do INCA ainda mostra que o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. As regiões Sudeste e Sul têm as maiores taxas de mortalidade (12,43 e 12,69 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente), seguidas do Nordeste (10,75 óbitos/100.000 mulheres), Centro-Oeste (10,90 óbitos/100.000 mulheres) e Norte (8,59 óbitos/100.000 mulheres).


Diante desses números, além do diagnóstico precoce, sempre em foco durante o Outubro Rosa, novas pesquisas sobre o tema e descobertas sobre tratamentos, medicações e terapias são de grande importância.


Veja abaixo novidades e conclusões sobre câncer de mama, apresentados em congressos em 2023:


1. Menos de 40 anos

Um estudo americano analisou mais de 600 pacientes com câncer de mama com menos de 40 anos e o risco de câncer na mama contralateral. Os pesquisadores concluiram que o risco foi significativo em casos com mutações patogênicas de alto risco detectadas ou quando o diagnóstico inicial foi de carcinoma ductal in situ. Por outro lado, pacientes com carcinoma invasor e sem mutação genética, o risco foi de 1.9% em 10 anos, até menor que o risco populacional para mesma faixa etária.


2. Efeito das drogas

O estudo NATALEE demonstrou redução de 25% na recorrência invasiva da doença hormônio positiva / HER2 negativa com a adição do Ribociclibe. No câncer de mama metastático, o Sacituzumabe Govitecan aumentou a sobrevivência em pacientes com câncer avançado hormônio positivo. Essa nova classe de terapia, designada ADCs ou “anticorpos-droga conjugados”, do mesmo grupo do Trastuzumabe Deruxtecan, ganha cada vez mais espaço no combate ao câncer de mama.


3. Indicação cirúrgica

Um estudo japonês clínico trouxe novidades importantes sobre cirurgia do tumor primário em câncer de mama já metastásico. No total, foram avaliadas 400 mulheres randomizadas e observou-se que a cirurgia não teve impacto global. Já as pacientes com tumores hormônio positivo e doença em órgão único, principalmente, na pré-menopausa, podem se beneficiar da cirurgia local.


4. Inibidores

Dois medicamentos importantes estão cada vez mais sendo utilizados no tratamento ao câncer de mama. São eles: o TDMI-1, que atua contra o câncer de mama HER2 positivo e os inibidores de ciclina, que não deixam as células cancerígenas se multiplicar em pacientes com tumores receptores hormonais positivos.


5. Mais moderno

O uso do pembrolizumabe provoca uma Grande inovação no tratamento do câncer de mama triplo negativo, uma vez que estimula o sistema imune da própria paciente a identificar e atacar as células tumorais.


Há vários tipos de tratamentos contra o câncer de mama:cirurgias (mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária), imunoterapia, quimioterapia radioterapia e hormonioterapia. Ele pode ser feito isolado ou combinado.
O importante é o médico escolher o tratamento mais adequado, levando em conta a extensão da doença, a localização e o tipo do câncer. E também o perfil da paciente e sua capacidade de adesão ao tratamento.


Um acompanhamento médico criterioso, associado às mudanças de hábitos, é capaz de salvar a vida de uma mulher e garantir seu bem-estar nos próximos anos.



Converse com seu ginecologista a respeito e cuide-se bem!



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No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas no Sul e no Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. Esta é uma das conclusões do Relatório Anual 2023 Dados e Números sobre Câncer de Mama, do Instituto Nacional do Câncer.


O relatório do INCA ainda mostra que o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. As regiões Sudeste e Sul têm as maiores taxas de mortalidade (12,43 e 12,69 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente), seguidas do Nordeste (10,75 óbitos/100.000 mulheres), Centro-Oeste (10,90 óbitos/100.000 mulheres) e Norte (8,59 óbitos/100.000 mulheres).


Diante desses números, além do diagnóstico precoce, sempre em foco durante o Outubro Rosa, novas pesquisas sobre o tema e descobertas sobre tratamentos, medicações e terapias são de grande importância.


Veja abaixo novidades e conclusões sobre câncer de mama, apresentados em congressos em 2023:



1. Menos de 40 anos

Um estudo americano analisou mais de 600 pacientes com câncer de mama com menos de 40 anos e o risco de câncer na mama contralateral. Os pesquisadores concluiram que o risco foi significativo em casos com mutações patogênicas de alto risco detectadas ou quando o diagnóstico inicial foi de carcinoma ductal in situ. Por outro lado, pacientes com carcinoma invasor e sem mutação genética, o risco foi de 1.9% em 10 anos, até menor que o risco populacional para mesma faixa etária.


2. Efeito das drogas

O estudo NATALEE demonstrou redução de 25% na recorrência invasiva da doença hormônio positiva / HER2 negativa com a adição do Ribociclibe. No câncer de mama metastático, o Sacituzumabe Govitecan aumentou a sobrevivência em pacientes com câncer avançado hormônio positivo. Essa nova classe de terapia, designada ADCs ou “anticorpos-droga conjugados”, do mesmo grupo do Trastuzumabe Deruxtecan, ganha cada vez mais espaço no combate ao câncer de mama.


3. Indicação cirúrgica

Um estudo japonês clínico trouxe novidades importantes sobre cirurgia do tumor primário em câncer de mama já metastásico. No total, foram avaliadas 400 mulheres randomizadas e observou-se que a cirurgia não teve impacto global. Já as pacientes com tumores hormônio positivo e doença em órgão único, principalmente, na pré-menopausa, podem se beneficiar da cirurgia local.


4. Inibidores

Dois medicamentos importantes estão cada vez mais sendo utilizados no tratamento ao câncer de mama. São eles: o TDMI-1, que atua contra o câncer de mama HER2 positivo e os inibidores de ciclina, que não deixam as células cancerígenas se multiplicar em pacientes com tumores receptores hormonais positivos.


5. Mais moderno

O uso do pembrolizumabe provoca uma Grande inovação no tratamento do câncer de mama triplo negativo, uma vez que estimula o sistema imune da própria paciente a identificar e atacar as células tumorais.


Há vários tipos de tratamentos contra o câncer de mama: cirurgias (mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária), imunoterapia, quimioterapia radioterapia e hormonioterapia. Ele pode ser feito isolado ou combinado. O importante é o médico escolher o tratamento mais adequado, levando em conta a extensão da doença, a localização e o tipo do câncer. E também o perfil da paciente e sua capacidade de adesão ao tratamento.


Um acompanhamento médico criterioso, associado às mudanças de hábitos, é capaz de salvar a vida de uma mulher e garantir seu bem-estar nos próximos anos.

Converse com seu ginecologista a respeito e cuide-se bem!




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