Neste Outubro Rosa, trago o depoimento de uma paciente, com 61 anos, que tem obtido bons resultados em seu tratamento de câncer de mama, graças ao diagnóstico precoce da doença e ao seu olhar otimista diante da vida.
"Eu não tenho casos de câncer de mama na família, não fiz terapia de reposição hormonal e nunca apresentei dor, nódulos, secreção ou avermelhamento nas mamas.
Por outro lado, ganhei peso na menopausa, não sou muito adepta de esportes e exercícios físicos em geral (só caminhava de vez em quando) e já fui fumante.
Ainda assim, fiquei muito surpresa quando recebi o diagnóstico de um carcinoma in situ e de outro microinvasor, de 0,7 mm, na mama esquerda, após a mamografia anual e a biópsia. Tinha a sensação nítida que aquilo era um sonho ruim e que logo eu iria acordar.
Depois do susto inicial, fiquei mais tranquila ao saber que os dois eram iniciais e menos agressivos do que outros tipos, com mais chances de ser tratado com sucesso. Cerca de 45 dias e vários exames depois, eu me internei no hospital, acompanhada por uma amiga de infância e pelo meu filho, e fiz a cirurgia para retirada da lesão, com uma boa margem de segurança.
Após minha recuperação, fiz 15 sessões de radioterapia para eliminar qualquer foco cancerígeno remanescente e prevenir recidivas. Durante as sessões diárias, chamei um time de amigas e primas para me acompanhar, dar apoio e me fortalecer. Cada dia ia uma amiga tagarela e divertida me fazer companhia. Não era uma exigência do Centro de Radioterapia, mas acredito muito na força feminina, em mulheres empoderando outras mulheres. Durante as sessões, fazia jogos mentais com palavras para me distrair. O tempo passou rapidinho, tive poucos efeitos colaterais e tudo correu bem.
Alguns dias após o término da radio, iniciei a hormonioterapia ou terapia de bloqueamento hormonal também para prevenir o retorno do câncer de mama. Sinto um pouco de dor de cabeça, alterações no sono e, eventualmente, enjoo. Mesmo assim, programei uma viagem de uma semana para relaxar e me reenergizar (sem me expor ao sol por conta da radioterapia recente).
O tratamento com bloqueador hormonal vai durar cinco anos e eu não tenho a menor ideia sobre o que vai acontecer no futuro. Mas uma coisa é certa: o diagnóstico precoce do câncer de mama, aliado ao meu otimismo, ajudou e continua ajudando muito no tratamento.
Hoje, sigo a vida fazendo o que me traz prazer e alegria, como passear e conversar com meu filho, encontrar meus amigos, namorar, ler, visitar exposições de arte... Deixei ainda a preguiça de lado e comecei a fazer aulas de Pilates e caminhadas por São Paulo. Em frente e avante! "
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Neste Outubro Rosa, trago o depoimento de uma paciente, com 61 anos, que tem obtido bons resultados em seu tratamento de câncer de mama, graças ao diagnóstico precoce da doença e ao seu olhar otimista diante da vida.
"Eu não tenho casos de câncer de mama na família, não fiz terapia de reposição hormonal e nunca apresentei dor, nódulos, secreção ou avermelhamento nas mamas.
Por outro lado, ganhei peso na menopausa, não sou muito adepta de esportes e exercícios físicos em geral (só caminhava de vez em quando) e já fui fumante.
Ainda assim, fiquei muito surpresa quando recebi o diagnóstico de um carcinoma in situ e de outro microinvasor, de 0,7 mm, na mama esquerda, após a mamografia anual e a biópsia. Tinha a sensação nítida que aquilo era um sonho ruim e que logo eu iria acordar.
Depois do susto inicial, fiquei mais tranquila ao saber que os dois eram iniciais e menos agressivos do que outros tipos, com mais chances de ser tratado com sucesso. Cerca de 45 dias e vários exames depois, eu me internei no hospital, acompanhada por uma amiga de infância e pelo meu filho, e fiz a cirurgia para retirada da lesão, com uma boa margem de segurança.
Após minha recuperação, fiz 15 sessões de radioterapia para eliminar qualquer foco cancerígeno remanescente e prevenir recidivas. Durante as sessões diárias, chamei um time de amigas e primas para me acompanhar, dar apoio e me fortalecer. Cada dia ia uma amiga tagarela e divertida me fazer companhia. Não era uma exigência do Centro de Radioterapia, mas acredito muito na força feminina, em mulheres empoderando outras mulheres. Durante as sessões, fazia jogos mentais com palavras para me distrair. O tempo passou rapidinho, tive poucos efeitos colaterais e tudo correu bem.
Alguns dias após o término da radio, iniciei a hormonioterapia ou terapia de bloqueamento hormonal também para prevenir o retorno do câncer de mama. Sinto um pouco de dor de cabeça, alterações no sono e, eventualmente, enjoo. Mesmo assim, programei uma viagem de uma semana para relaxar e me reenergizar (sem me expor ao sol por conta da radioterapia recente).
O tratamento com bloqueador hormonal vai durar cinco anos e eu não tenho a menor ideia sobre o que vai acontecer no futuro. Mas uma coisa é certa: o diagnóstico precoce do câncer de mama, aliado ao meu otimismo, ajudou e continua ajudando muito no tratamento.
Hoje, sigo a vida fazendo o que me traz prazer e alegria, como passear e conversar com meu filho, encontrar meus amigos, namorar, ler, visitar exposições de arte... Deixei ainda a preguiça de lado e comecei a fazer aulas de Pilates e caminhadas por São Paulo. Em frente e avante! "
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