1. Secreção vaginal não é motivo para preocupação.
MITO. Toda vez que mudar o padrão da secreção vaginal vale a pena ir ao seu ginecologista para ser melhor avaliada! Pode ser que algo na flora esteja desbalanceado, pode ser algo relacionado ao ciclo menstrual e pode ainda ser alguma infecção que necessita de tratamento.
2. Coceira na vagina é sinal de alerta.
VERDADE. Algo deve estar provocando a coceira. Pode ser uma irritação da pele causada pelo produto usado na lavagem das calcinhas, pelo próprio tecido da lingerie, pelo uso de protetores diários ou mesmo pelo sabonete utilizado no banho. Pode ainda ser infecção por fungo, como candidíase, ou vaginite inflamatória. É necessário exame físico e eventualmente exames complementares para definir o diagnóstico e o tratamento.
3. Gestação e incontinência urinária não estão relacionadas.
MITO. A gestação por si só já altera a anatomia da mulher.
O fato do útero crescer e a pressão que o mesmo causa nos tecidos ao redor pode mudar a posição da uretra em relação à bexiga. Além disso, no final da gestação, é comum apresentar maior mobilidade dos ligamentos que sustentam a bexiga e uretra facilitando perdas urinárias. O trabalho de parto e o parto vaginal também têm impacto na musculatura vaginal e posicionamento da uretra e bexiga, sendo importante uma boa assistência para prevenir lesões no períneo durante a passagem do bebê.
4. Fisioterapia pélvica pode ajudar a mulher nessa fase.
VERDADE.
No terceiro trimestre de gestação pode ser realizada fisioterapia pélvica, que orienta a paciente e seu parceiro e prepara a musculatura para a hora do parto. Cerca de 45 dias pós-parto, é importante retomar a fisioterapia para otimizar a cicatrização, recuperar força, reposicionar a bexiga e evitar incontinências urinárias.
5. Depilação com cremes pode ser feita na região da vagina.
VERDADE. Desde que o produto seja testado em outra parte do corpo primeiro para avaliar alergia e tolerância.
6. É preciso usar apenas sabonete específico para higienizar a vagina.
VERDADE. O pH da vagina é mais básico que o da pele. A pele tem pH por volta de 5,0 e a vagina 4,5. O ideal é utilizar sabonetes que não interfiram muito no pH da vagina. Lave a vagina só por fora e entre os grandes e pequenos lábios. Não é necessário lavar a vagina por dentro nem utilizar duchas higiênicas, para evitar alterações na flora habitual.
7. Após a menopausa, a mucosa da vagina fica menos elástica.
VERDADE. Na menopausa, a diminuição do estrogênio diminui a elasticidade da mucosa da vagina. Assim, as paredes vaginais ficam mais rígidas, cedem menos e acabam machucando mais fácil durante a relação sexual. O tratamento pode ser feito com cremes, hormônios de ação tópica, reposição hormonal, laser ou radiofrequência. Ou seja, temos muitas opções para melhorar a elasticidade da mucosa vaginal.
8. O uso de calcinhas de algodão é sempre o mais indicado.
VERDADE. O tecido melhora a ventilação, não abafa tanto a vagina e irrita menos a pele. Lave a lingerie com água e sabão e não use amaciantes, deixe secar bem e passe antes de usar. De qualquer forma, crie o hábito de dormir sem calcinha para aumentar a ventilação na região.
9. O uso de produtos de Sex Shop podem prejudicar a saúde vaginal.
EM TERMOS. O uso esporádico de produtos com perfumes ou lubrificantes vaginais, com diferentes composições, cheiros e sabores, não representa necessariamente um problema. Mas é importante testá-los aos poucos para avaliar aceitação, queimação ou irritação. Já o uso rotineiro não é indicado porque pode alterar a flora vaginal, barreira natural que protege a mucosa vaginal.
10. O uso de protetores diários pode ser contínuo.
MITO. Se for necessário, use esses produtos pelo menor tempo possível, escolha os mais suaves, menos perfumados e que ventilam mais. Troque sempre que estiverem com secreção ou úmidos. E assim que possível remova-os. Eles podem diminuir a ventilação e provocar corrimentos ou alergias.
