As mulheres, em geral, entram na menopausa entre 45 e 55 anos. Nesse período, há uma redução dos hormônios estrogênio e progesterona e a menstruação é interrompida. Há, no entanto, um pequeno grupo de mulheres que entra em menopausa antes dos 40 anos porque seus ovários param de funcionar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a chamada falência ovariana prematura (FOP) ou simplesmente menopausa precoce, atinge 1 em cada 100 mulheres antes dos 40 anos e 1 em cada 1000 antes dos 30 anos. Isso pode acontecer devido a fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

No Brasil, ocorrem mais casos de menopausa precoce. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, em 2020, analisou a frequência da menopausa precoce em mulheres do nosso país. Resultado: 5,6% das mulheres haviam entrado na menopausa antes dos 40 anos de idade.

Quando a mulher apresenta menopausa precoce, é importante ter um acompanhamento médico constante, para certificar-se sobre saúde, ritmo menstrual, sintomas e efeitos colaterais. E também observar cada detalhe novo em seu corpo, A seguir algumas dúvidas sobre o tema.

1. O que é a menopausa precoce?

É a perda da função normal dos ovários antes dos 40 anos. Quando isso acontece, os ovários não produzem quantidades normais do hormônio estrogênio nem liberam óvulos regularmente. A infertilidade é comum em mulheres com menopausa precoce Com tratamento adequado, no entanto, é possível que uma mulher nessas condições engravide.

2. Quais os sintomas da menopausa precoce?

Os sintomas são os mesmos da menopausa normal: fogachos, irregularidade menstrual, ausência de menstruação por mais de três meses, suores noturnos, secura vaginal, alterações de humor, diminuição do desejo sexual e infertilidade. Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar um teste de concentração do hormônio folículo estimulante (FSH). Mulheres com menopausa precoce apresentam níveis elevados desse hormônio no sangue. 

3. Quais as causas da menopausa precoce?

Há várias causas para a menopausa precoce: anomalias genéticas, doenças autoimunes, infecções virais, disturbios metabólicos, quimioterapia, radioterapia, retirada cirúrgica do útero ou ovários, tabagismo ou consumo de drogas.

4. Quais os efeitos da menopausa precoce?

A deficiência de estrogênio pode levar à osteoporose (diminuição da densidade óssea) e ao ressecamento vaginal (atrofia vaginal). Se a mulher com menopausa precoce não for tratada com terapia à base de estrogênio antes de alcançar a idade média da menopausa, corre mais risco de apresentar apresentar transtornos do humor, Parkinson, demência e doença arterial coronariana.

5. Como é feito o diagnóstico da menopausa precoce?

Se uma mulher com menos de 40 anos apresenta ciclos menstruais irregulares e falhas menstruais, em primeiro lugar, é feito um teste de gravidez para descartar a possibilidade de uma gestação. Se der negativo, pode ser feita a medição hormonal e exames genéticos.

6. E em mulheres mais jovens ainda?

No caso de mulheres com menos de 35 anos de idade, é possível fazer uma análise cromossômica. A densidade óssea também é medida para verificar osteoporose.

7. Como é o tratamento da menopausa precoce?

Se a mulher em menopausa precoce não desejar engravidar, é indicado o uso de anticoncepcionais orais combinados (progestina e estrogênio) ou terapia hormonal com dose maior de estrogênio. Se ela tiver planos de engravidar, alguns médicos indicam a fertilização in vitro.

8. Qual a função desses hormônios na menopausa precoce?

O estrogênio alivia os sintomas, previne secura vaginal e oscilações do humor e mantém a densidade óssea. Para prevenir o risco de câncer no endométrio, que pode ser provocado pelas altas doses de estrogênio, indica-se também o uso de progestina ou progesterona. 

9. Até quando a mulher que entrou em menopausa precoce deve tomar esses hormônios?

A avaliação médica é feita individualmente, mas em média esses hormônios são prescritos até os 51 anos para as mulheres que tiveram menopausa precoce.

10. Menopausa precoce aumenta o risco para doenças cardiovasculares?

Sim, o estrogênio é um hormônio que protege o organismo contra problemas cardiovasculares. Ele estimula a vasodilatação e protege o coração contra a placa ateromatosa.

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