O climatério é uma etapa natural na vida da mulher que ocorre ao redor da meia-idade, marcada por diversas mudanças hormonais. Essa fase costuma gerar dúvidas e preocupações, tanto físicas quanto emocionais, que podem ser enfrentadas com orientação adequada.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (SBGO), compreender as transformações do climatério é fundamental para garantir qualidade de vida, prevenir doenças e aproveitar as possibilidades dessa nova fase.
A seguir, veja as principais informações sobre o tema para auxiliá-la no entendimento e no cuidado durante esse período.
1. O que é o climatério?
O climatério é o período de transição que marca o declínio da função ovariana e a chegada da menopausa. Ele engloba fases que vão desde o final da vida fértil até alguns anos após a última menstruação, podendo durar cerca de 4 a 10 anos.
2. O que acontece no corpo da mulher nessa fase?
Durante o climatério, há uma redução na produção de hormônios femininos, especialmente o estrogênio, o que gera diversas alterações no organismo. Segundo a Sociedade Brasileira de Ginecologia, essa fase é um processo natural e inevitável na vida de toda mulher, mas não é considerada uma doença.
3. Em que idade, o climatério começa? Mulheres que menstruam cedo tendem a entrar no climatério mais cedo?
O início do climatério geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos. A menopausa, que é a ausência de menstruação por 12 meses consecutivos, ocorre em média aos 51 anos. Mulheres que menstruam mais cedo, muitas vezes por fatores genéticos ou saúde, podem entrar nesta fase também mais precocemente. Estudos do Instituto John Hopkins indicam que o início varia bastante, dependendo de fatores individuais, história familiar, estilo de vida e condições clínicas.
4. Quais os sintomas físicos do climatério?
Os sintomas físicos mais comuns incluem ondas de calor (fogachos), suores noturnos, alterações no sono, ressecamento vaginal, diminuição da elasticidade da pele, fadiga, dores articulares e perda de massa óssea. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os fogachos afetam cerca de 75% das mulheres nesta fase, podendo interferir na qualidade de vida. É importante lembrar que a intensidade e a duração variam de mulher para mulher.
5. O que fazer para combatê-los?
Algumas estratégias ajudam a aliviar esses sintomas, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada, controle do estresse e manutenção do peso corporal adequado. A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), recomendada por profissionais e com análise cuidadosa de riscos e benefícios, pode ser indicada em casos mais severos. Segundo a SBGO, o acompanhamento médico é essencial para decidir a melhor abordagem individualizada.
6. Quais os melhores exercícios para praticar durante o climatério?
Os exercícios mais indicados são caminhada, hidroginástica, alongamentos, yoga e pilates. Para alguns casos, a corrida também pode ser indicada para ajudar na manutenção da massa óssea, além de trazer benefícios cardiovasculares. Sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer programa de exercícios para garantir que são adequados às suas condições pessoais.
7. Quais os sintomas psicológicos do climatério?
Alterações de humor, ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração e episódios de depressão também podem ocorrer. Esses sintomas são relacionados às flutuações hormonais e ao impacto na qualidade de sono. Dados da Organização Mundial de Saúde reforçam a importância do suporte psicológico e das mudanças no estilo de vida para diminuir esses efeitos.
8. Como lidar com eles?
A mulher deve buscar apoio emocional, praticar atividades que promovam bem-estar e manter uma rede de suporte social. Técnicas de relaxamento, meditação e terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a enfrentar esses momentos. A prática regular de exercícios, como caminhada e yoga, também tem efeito positivo, além de melhorar a autoestima e o humor geral.
9. O climatério pode levar a alguma doença ou problema mais sério?
Sim. A diminuição do estrogênio aumenta o risco de osteoporose, doenças cardiovasculares, alterações metabólicas e, em alguns casos, desordens urinárias. Segundo a Sociedade Brasileira de Ginecologia, a prevenção e o acompanhamento médico periódico são essenciais para minimizar esses riscos e evitar complicações graves.
10. Durante o climatério, a mulher não corre mais o risco de engravidar e, portanto, pode abrir mão dos métodos contraceptivos?
Não necessariamente. Apesar da baixa fertilidade, a gravidez ainda é possível, especialmente nas fases iniciais do climatério. Portanto, usar métodos contraceptivos durante essa fase continua sendo recomendado até a confirmação definitiva da menopausa.